sexta-feira, 24 de novembro de 2017

exame do sono - o retorno

não sei se vocês se lembram, mas em junho em fiz o exame do sono, porque o otorrino (Doctor Ivo Holanda) simpremente não aceitou que eu não roncasse.
depois de ter viajado loucamente e ter tido milhões de eventos, finalmente consegui marcar a consulta de volta.
peguei o resultado do exame e, antes que eu pudesse entender alguma coisa, o médico me chamou. ele pagou a pastinha e começou a budejar baixinho sobre o que lia (e eu feito vaca, esperando ele dizer, afinal, o que estava lendo naquele tarô).
-- então, doutor?
-- este resultado está muito diferente do que eu esperava!
-- diferente? para o bem ou para o mal?
-- este resultado só pode estar errado!
-- e por quê?
-- porque não condiz com... com os sintomas.
-- do que é que o senhor está falando???
-- aqui diz que você teve 4 episódios de apneia leve e só, mas não é possível! esse exame deve ter sido adulterado!
-- olhe, eu não tô entendendo nada! pelo que li, exceto esses casos aí, o exame não apontou para mais nenhum problema, como eu já havia lhe dito na primeira consulta!
-- mas você tem que entender que "a clínica é superior"!
-- e isso quer dizer o quê?
-- que os sintomas que você descreveu são superiores a este resultado!
-- que sintomas?
-- você disse que se sentia sonolenta durante o dia e que se sentia cansada...
-- mas isso é óbvio; sou notívaga e trabalho de dia, claro que me sentiria assim, especialmente trabalhando feito uma cabra montanhesa como estive durante esse ano!
-- e eu tô aqui olhando o seu exame e ele aponta que você teve episódios de ficar acordada por cerca de 3h durante o exame!
-- meu sinhô, me parafusaram às 21h com os apetrechos da polissonografia e eu não sou um bebê; como acabei de explicar, sou notívaga, dormi meia noite -- eu já estava com vontade de pular no pescoço daquele baitinga, não era possível essa conversa insana.
-- ok, mas no exame não apareceu que você ronca e você tinha dito que roncava!
-- o senhor só pode estar frescando com a minha cara! -- eu explodi e ele deu um perceptível salto na cadeira -- na última consulta o senhor me perguntou se eu roncava, eu disse que não, e o senhor não aceitou. este exame foi feito à minha revelia. eu já lhe falei 357 vezes aqui que não ronco, o exame atesta que eu não ronco... como é possível que o que eu falo e o que o resultado diz não valem nada?
-- você há de convir que ninguém que olhe pra você pode imaginar que você não ronca!
-- oh, por favor, me elucide: porque uma pessoa como eu necessariamente precisa soar como uma madeireira durante a noite? -- eu já tava levitando de raiva na cadeira, segurei a cara mais irônica que tinha e fiquei vendo ele suar como um porco.
-- bom, você sabe...
-- ah, não sei mesmo. me explique, por favor!
-- você... er... pode ter algum problema de tireóide... -- ele começou a gaguejar e ficava olhando pra porta, talvez pensando em pedir ajuda. -- mas de qualquer forma, você não quer se tratar!
-- e eu preciso me tratar pra isso?
eu podia ver as catracas dele rodando furiosamente. eu espero, do fundo do meu coração, que ele estivesse com medo de eu lhe dar uma tapas.
-- não, não precisa.
-- então tchau.
nas CNTP eu já teria voado as bandas com esse homem, imagina com a TPM que estou? pelo menos teria atenuante na pena!

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

chuva e perna cruzada

em brasólia a chuva tá daquelas de tomar bãin com asseptol, só não me jogo porque tô no mundo e ainda preciso manter um mínimo de dignidade (que não tenho) na frente dos populares.
o problema agora é o frio na espinha chamado "será que fechei a janela da sala?". se eu tiver esquecido, além de levar uma surra de cipó da minha mãe, é capaz de eu chegar em casa e ter um tubarão de perna cruzada no sofá, reclamando que a TV não tem sinal.

Vó Tereza saiu do hospital! \o/

pessoas, minha avó recebeu alta do hospital hoje e já está truando loucamente em casa! \o/ aproveito para agradecer mais uma vez por toda...