domingo, 28 de maio de 2017

mas gente!

esse fim de semana eu descobri que não apenas a minha família não faz ideia de com que eu trabalho, como fez um bolão para adivinhar!
quando fui perguntar pros amigos, gaguejaram e vi que sabem mais ou menos...
nunca pensei que eu teria o trabalho do Chandler Bing!

sábado, 27 de maio de 2017

ó as amizades da minha avó!

liguei pra minha avó ontem pra confirmar que chegava hoje em Fortaleza e pra continuar a levar o carão que recebi na quarta, quando tentei falar com ela de Macapá, mas meu celular não colaborou.
-- minha filha, você vai vir do Norte direto pra Fortaleza?
-- não, vó! tô em Brasília, já, cheguei na quarta mesmo! e que história era aquela que a senhora tava falando, quando contei que tiraram a sucuri do Rio Amazonas, bem na frente do meu hotel?
-- eu já lhe disse, com certeza era uma serpente encantada! ela é ainda pior que o boto!
-- ai, meu Deus! -- gemi e comecei a rir.
-- Raquel, eu conheci uma mulher que engravidou dessa cobra do norte, lá no Maranhão! ela disse que a cobra se enroscou nos punhos da rede onde ela dormia, veio pra cima dela e, no dia seguinte, ela estava grávida!
-- vó, que doidice é essa?
-- num tô te dizendo? conheci a filha dela, a boca daquela mulher era um bico de cobra certinho! ela foi até embora do Maranhão, do tanto que as pessoas falavam por ela se parecer uma cobra...
antes eu pensava que conhecia gente diferente, mas a turma da minha avó é impressionante! huahuahuahuahuahua

quarta-feira, 24 de maio de 2017

única vez que me deu medo em Macapá

saímos do almoço, Tatiana e eu, e chamamos um táxi na rua. íamos embarcar em meia hora, estávamos no limite para nos deslocarmos.
o taxista pegou uns livros de francês e colocou no banco de trás, e começou a conversar, sendo bem simpático.
estávamos muito felizes porque o evento tinha corrido bem e conversamos com o motorista, que começou a contar que ia fazer a festa do grupo de whatsapp que ele tinha criado, no mês que vem (???).
como nenhuma de nós sabia que existia esse tipo de coisa (festa de aniversário de grupo de whatsapp), perguntamos como isso funciona. foi aí que o negócio começou a descambar... o cara confundiu educação com paquera (aloka!) e começou a ser mais agressivo mas colocações.
e só então percebemos que ele estava nos levando por um caminho super esquisito (sou futura cidadã macapaense, mas nunca tinha ido por aquelas quebradas ali).
nós duas nos calamos e ele aparentemente não percebeu, porque continuou com a abordagem escrotinha. eu tava mexendo no celular e fingindo que não o ouvia, quando ele falou:
-- ei, me adiciona aí no Facebook! meu nome é fulano de tal...
-- quê??
-- bora ser amigo, me adiciona aí! aí a gente marca alguma coisa...
-- posso não, meu namorado me daria uma surra!
-- e ele é violento assim?
-- você nem imagina o quanto!
preciso explicar que eu tenho nojo de ter que recorrer a inventar alguém (especialmente violento) pra me defender, mas com aquela criatura estava muito claro que ele não aceitaria jamais a negativa de uma mulher, mas talvez um brucutu do naipe dele o parasse, ainda que não estivesse ali.
o taxista ficou fazendo umas perguntas esquisitas, e nós duas estávamos caladas, porém gritando mentalmente loucamente, e com receio de pedir pra ele parar o carro, pois não fazíamos a menor ideia de onde estávamos.
depois de mais alguns comentários do tipo "teu namorado vai te buscar em Brasília, né?" e "quando vocês voltam? me liguem!", finalmente nos aproximamos do aeroporto. nessa hora, ele recebeu uma ligação e começou a falar bem irritado sobre umas coisas de roubo, e ficamos pensando que provavelmente aquele táxi nem dele era.
quando ele finalmente estacionou, eu praticamente pulei pra fora do carro. pegamos nossas coisas e entramos no aeroporto, enojadas. nessas horas é que vemos que segurança é mesmo uma ilusão 

terça-feira, 23 de maio de 2017

um dia normal no Amapá

eu tava tomando café há pouco, e tava um bafafá no pier bem em frente ao hotel: cheio de gente na amurada, carro dos bombeiros, carro do BPTRAN, e a gente sem saber o que estava acontecendo. minha amiga viu os bombeiros tirando um troço grande da água, ela achou até que era um cachorro...
comemos rápido porque tínhamos que sair correndo pro local do evento e, no táxi, eu tava contando que ontem estávamos eu e Tati andando na orla, (infelizmente não fizemos a Yasmin Brunet) quando já anoitecia e passou um senhor nos recomendando cuidado.
-- com o boto, moço? -- perguntei, me lembrando da minha avó.
ele me deu uma olhada de congelar, soltou um budejo de "só quem tem medo do boto são os ribeirinhos, isso não existe!" e falou que tivéssemos cuidado com ladrões.
o taxista, que ouviu o relato, perguntou:
-- boto ou ladrão eu nem sei, mas vocês viram o movimento hoje de manhã na frente do hotel de vocês? acharam uma sucuri enorme lá!

segunda-feira, 22 de maio de 2017

pequenas loucuras no avião

fiz o check-in pra primeira perna do voo na sexta, mas só tinha lugar no meio.
já passei o fim de semana descoisada, o que foi potencializado quando descobri que o prédio onde trabalho foi ocupado, mas eu nunca estou disponível para "curtir" a ocupação (AKA dormir até acordar).
cheguei em cima da hora no aeroporto de brasólia e sentei no meu canto uó, esperando a criatura que ia sentar na janela chegar, pra me desparafusar pra ela passar.
os corredores lotados, enquanto eu fazia preces semi audíveis pra ninguém sentar do meu lado. as portas estavam quase se fechando quando entraram 3 pessoas, trazendo um munturo de coisa na mão...
2 sentaram mais na frente e a senhorinha, com aquela ruma de cacareco, veio andando mais pro fundo do avião e eu gritando na minha cabeça" "not today, satan!". quando ela passou direto e avisaram que o embarque tinha sido encerrado, eu precisei me segurar pra não dar um gritinho de felicidade! 
agora entrei pra última perna, a janela já era minha, mas, obviamente, tinha alguém sentado nela. porém, esta foi a primeira vez que era uma travesti no lugar. sentei na janela da frente, mas queria mesmo era ter ido ao lado dela e tentar puxar conversa 

domingo, 14 de maio de 2017

feliz dia das mã -- CUIDADO COM O BOTO!

ligando pra minha avó:
-- oi, vó! feliz dia das m...
-- minha filha, você tá no norte, é?
-- tô não, vó, tô em Bras...
-- tome cuidado aí no norte!
-- mas eu já tô em casa! só volto pra Macapá na outra semana!
-- O BOTO! CUIDADO COM O BOTO!
-- é o quê?
-- o boto emprenha as mulheres!
-- huahuahuahuahuahuahua
-- não ria não, que é verdade! eu conheci uma mulher que emprenhou do boto!
-- HUAHUAHUAHUAHUAHUAHUA
-- você se acha muito sabida, mas o boto, ele parece homem de verdade! não vá pra beira da água sozinha!
-- vó, se tem uma coisa que eu conheço é gente que "parece homem"!
-- pois muito cuidado! tinha uma prima da sua avó, que era do Amazonas, que emprenhou do boto, falou que ele era tão bonito...
ai, ai, tô com os queixo doendo de tanto rir!
feliz dia das mães, especialmente as avós 

domingo, 7 de maio de 2017

mãe, tô na netflix!

preciso esclarecer que não sou eu ao lado do Lito neste episódio da nova temporada de Sense 8, apenasmente pelo fato de que jamais eu conseguiria ficar perto dele sem ficar gritando "HERNANDOOOOOO! MY FLIP FLOPS, HERNANDOOOOO!".
(foto by João Baptista Filho e eu ri demais quando vi o episódio!)


terça-feira, 2 de maio de 2017

exame do sono

a cada dia eu me convenço mais que ou estou internada num hospício e todo mundo finge que está tudo normal ou minha vida é uma grande pegadinha do Silvio Santos, e os doidos que encontro todo dia são o Ivo Holanda maquiado.
fui no otorrino hoje cedo, pra tentar descoisar os ouvidos (que estavam entupidos). quando cheguei na consulta, o médico escutou o meu relato e começou a fazer perguntas do tipo: "quando você fica com o nariz entupido, faz barulhos igual a um porco?" ou "quando você vê uma gôndola de super mercado, fica tonta?"
claro que eu comecei a rir e fiquei procurando a câmera escondida, né? e claro que o Doutor Ivo Holanda ficou meio puto e perguntou:
-- você ronca?
-- não.
ele simpremente não aceitou que eu não roncasse. eu realmente devo ter cara de quem racha as paredes todas as noites, dado o semblante ofendido do Dr. Holanda.
-- vou perguntar diferente: seu marido diz que você ronca?
-- meu marido??? não.
-- seu marido percebe que você fica sem respirar várias vezes durante a noite?
-- não, não tenho apneia. tenho bruxismo.
-- a-ha! então você ronca!
-- não, não ronco.
-- seu marido tem uma relação sincera com você?
-- oh, sim!
-- ok, vou passar o exame do sono, então. e aí nós vamos descobrir a verdade!
depois dessa conversa de doidos, ele me examinou e, contrafeito, disse que meu ouvido estava realmente entupido. ôxe! e quem inventaria uma coisa dessas, praquela criatura trazer instrumentos pavorosos e socar no meu ouvido?
ele passou uns exames e eu saí da sala, chocada com o acontecido e quase duvidando de quem sou eu dormindo. mandei mensagem pra minha mãe, contando o babado, e ela se lembrou de quando eu fiz o exame médico de admissão pro MDA:
-- pelo que vi aqui, seus exames estão OK. ah, você fuma?
-- não.
-- bebe?
-- também não.
-- e quando você bebe, também fuma?
-- oi?
-- responda à pergunta!
-- como eu já havia dito, não fumo e nem bebo.
-- ah, OK, entendi. você não bebe... mas fuma?
só agora percebi que a doutora, nesse dia, também era o Ivo Holanda, não é possível!
quando eu comentei com a minha mãe que tenho uma falta de credibilidade patológica, ela até foi fofinha e disse "as pessoas que têm imaginação muito fértil sofrem disso". quando eu questionei que o médico não tinha como saber disso, ela arrematou: "tá escrito na tua cara. aposto que ele sabe até da história do macaco!"
resultado: entrei gargalhando na sala do médico quando ele chamou pra fazer o procedimento, o que deve ter confirmado pra ele (caso não fosse o Ivo Holanda fantasiado) que eu sou doida de pedra.
depois de muitos apetrechos e parafusadas, finalmente meus ouvidos foram devidamente recauchutados. finalmente, eu pergunto: o mundo é sempre tão barulhento assim?

meu problema com Brasília

acho que finalmente descobri porque não consigo me render à Brasília. além da óbvia e inestimável falta de mar, esta cidade não me deixa chorar em paz! e quem me conhece minimamente, sabe: choro bagarai.
tenho listas de filmes que eu só posso ver num eventual dia chuvoso, e com todo o cuidado, porque, se choro "despreocupadamente", a conta chega rápido (geralmente resulta numa sinusite, que me baqueia por dias).
procuro sempre seguir os ensinamentos da Isabel (💛) e tento beber água na proporção de 3 pra 1 de lágrimas, pra tentar diminuir o estrago, mas a ida de Belchior pro santuário dos poetas viscerais me tirou o chão de tal forma que fui juvenil e me descuidei; depois de 2 dias de melancolia (e nem tantas lágrimas assim, pro meu padrão eu fui até comedida!), acordei com um ouvido absolutamente tampado (e o outro, avariado).
eu, que já não escuto nada certo, estou imprestável (além de me sentir bem estranha, com o pouco equilíbrio em xeque), fora que também é possível que a alteração de altitudes desse meu período cedida para a CVC tenha mexido casminha oiça.
fui para o trabalho pela manhã, mas não tinha como ficar zureta desse jeito por muito tempo... e foi assim que descobri que meu magnífico "plano de saúde" (GEAP) não tem mais emergência pra otorrino.
as opções no meu caso são:
a) te fode aí;
b) ir pra uma consulta particular e pedir ressarcimento (se tiver qualquer vírgula fora da ordem posso não receber o dinheiro de volta):
c) tentar um encaixe numa das 2 clínicas que atendem dentro de brasólia.
mesmo escolhendo a opção "c", a "a" já sentou na minha cacunda, pra me acompanhar na saga de hoje. 

Vó Tereza saiu do hospital! \o/

pessoas, minha avó recebeu alta do hospital hoje e já está truando loucamente em casa! \o/ aproveito para agradecer mais uma vez por toda...