quarta-feira, 24 de maio de 2017

única vez que me deu medo em Macapá

saímos do almoço, Tatiana e eu, e chamamos um táxi na rua. íamos embarcar em meia hora, estávamos no limite para nos deslocarmos.
o taxista pegou uns livros de francês e colocou no banco de trás, e começou a conversar, sendo bem simpático.
estávamos muito felizes porque o evento tinha corrido bem e conversamos com o motorista, que começou a contar que ia fazer a festa do grupo de whatsapp que ele tinha criado, no mês que vem (???).
como nenhuma de nós sabia que existia esse tipo de coisa (festa de aniversário de grupo de whatsapp), perguntamos como isso funciona. foi aí que o negócio começou a descambar... o cara confundiu educação com paquera (aloka!) e começou a ser mais agressivo mas colocações.
e só então percebemos que ele estava nos levando por um caminho super esquisito (sou futura cidadã macapaense, mas nunca tinha ido por aquelas quebradas ali).
nós duas nos calamos e ele aparentemente não percebeu, porque continuou com a abordagem escrotinha. eu tava mexendo no celular e fingindo que não o ouvia, quando ele falou:
-- ei, me adiciona aí no Facebook! meu nome é fulano de tal...
-- quê??
-- bora ser amigo, me adiciona aí! aí a gente marca alguma coisa...
-- posso não, meu namorado me daria uma surra!
-- e ele é violento assim?
-- você nem imagina o quanto!
preciso explicar que eu tenho nojo de ter que recorrer a inventar alguém (especialmente violento) pra me defender, mas com aquela criatura estava muito claro que ele não aceitaria jamais a negativa de uma mulher, mas talvez um brucutu do naipe dele o parasse, ainda que não estivesse ali.
o taxista ficou fazendo umas perguntas esquisitas, e nós duas estávamos caladas, porém gritando mentalmente loucamente, e com receio de pedir pra ele parar o carro, pois não fazíamos a menor ideia de onde estávamos.
depois de mais alguns comentários do tipo "teu namorado vai te buscar em Brasília, né?" e "quando vocês voltam? me liguem!", finalmente nos aproximamos do aeroporto. nessa hora, ele recebeu uma ligação e começou a falar bem irritado sobre umas coisas de roubo, e ficamos pensando que provavelmente aquele táxi nem dele era.
quando ele finalmente estacionou, eu praticamente pulei pra fora do carro. pegamos nossas coisas e entramos no aeroporto, enojadas. nessas horas é que vemos que segurança é mesmo uma ilusão 

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