segunda-feira, 28 de setembro de 2015

cotidiano

uma chamada de matéria no Uol fez um trocadilho com a música Cotidiano, do Chico, e eu fiquei absolutamente chocada, pois a notícia fala da rotina de uma mulher síria que sobreviveu a um naufrágio, mas que procura o marido na praia todos os dias.
externei a minha revolta com o pessoal que trabalha comigo. eles acharam mórbido, mas não acharam que a referência fosse negativa.
eu refutei, pois sempre havia achado que a música contava a história de um homem entediado, cansado da rotina que tinha em casa. o trecho "Toda noite ela diz pra eu não me afastar / Meia-noite ela jura eterno amor/ E me aperta até eu quase sufocar/ E me morde com a boca de pavor" denota um desespero da parte dela que eu sairia pra comprar um cigarro e não voltaria.
mas meus colegas alegaram que quando o marido diz "Todo dia eu só penso em poder parar/ Meio dia eu só penso em dizer não/ Depois penso na vida pra levar/ E me calo com a boca de feijão", estava se referindo ao trabalho, e não à rotina ou à mulher.
eu lhes disse que as pessoas ou reclamam ou exaltam algo, e que mera descrição não suscita canções. como alardeia o apocalipse, seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito.
entre argumentos e risadas, finalmente percebi que havia algo no meu passado tão icônico, que construiu a imagem negativa da mensagem da música na minha cabeça. obrigada, trapalhões:


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