domingo, 29 de outubro de 2017

???


no almoço de hoje eu estava conversando animadamente com o futuro autor de novelas Jonathan, quando um senhorzinho exótico se aproximou da nossa mesa.
ele vinha de olho grelado nos meus peitos, chega vinha de farol baixo.
-- eita, que rosto grande, hein? -- ele disse, encarando a imagem da Frida que estampava a minha blusa.
eu fiquei, em bom internetês, PERPLECTA com a abordagem e só consegui responder, da forma mais bruta que pude, um "sim!".
enquanto me recuperava do susto, ele finalmente tirou os olhos dos olhos da Frida e mirou os nossos pratos.
-- então? quem vai pagar a rapadura?
-- é o quê, meu sinhô?
-- quem. vai. pagar. a. rapadura? -- ele repetiu lentamente, apontando com o indicador pros nossos pratos.
eu fiquei olhando pra ele com a cara do cachorro que ilustra esse post, e ele emendou, olhando pra mim:
-- é você que vai pagar tudo? ou é você? -- perguntou, finalmente olhando pro Jonathan.
como o póbi não conseguiu esboçar uma resposta, o véi virou pra mim e inquiriu:
-- ele é macho?
-- sim, ele é macho e cada um vai pagar a sua conta! -- eu finalmente consegui reagir. -- e se o senhor estiver querendo passar pra ir ao banheiro, tem um cartaz de interditado aqui.
ele ficou meio desconcertado (finalmente!), deu de ombros e disse:
-- é, vou ter que me aliviar nas árvores!
e saiu, deixando ambos boquiabertos. só quando ele se afastou foi que vi as pessoas da mesa dele olhando pra gente, meio apreensivos.
a única coisa que eu consegui dizer na hora foi: "minha vida é isso aqui: um eterno ir e vir de doidos."
agora o meu medo é virar personagem numa novela do Jonathan, pois tenho receio de que as pessoas não acreditem nas loucuras que acontecem comigo. como diz Tom Clancy, "a diferença entre ficção e realidade é que a ficção precisa fazer sentido".

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