"a ignorância é uma bênção" -- eu nunca tinha sentido a força desta expressão como hoje, no Museu Picasso.
como boas canelaus que somos, pegamos a fila para entrar no museu na hora do pobre (às quintas a entrada é gratuita, depois das 19h), e foi super ótimo (só não foi melhor porque já estávamos cambotas de tanto andar nesta terra).
mesmo assim, não há outro adjetivo que faça jus ao Picasso que não gênio. o museu mostra quadros de quando ele tinha 14, 15 anos tecnicamente irretocáveis (mas já com um quê iconoclasta característico).
cada sala mostrava uma fase dele, mas nada me preparou (obrigada mais uma vez, ignorância!), para chegar à ala de "As Meninas".
talvez eu seja a única pessoa do mundo que não soubesse que Picasso havia feito a sua versão da obra homônima de Velásquez (comparada na foto roubada do google), mas, quando eu entrei na sala e dei de cara com a tela, meu cérebro quase deu um tilt e, mesmo tentando pensar no Dalai Lama ou em aspiradores de pó, não consegui evitar o choro enquanto percorria os muitos quadros que ele fez, com base no primeiro.
mal consegui registrar o que vi depois, ainda em êxtase. acho que, depois disso tudo, não morro mais por presenciar "excesso de
beleza" 
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