domingo, 25 de junho de 2017

"minha carne não é para o seu bico, queridinho!" - 6º capítulo

emoções do capítulo anterior, da minissérie "minha carne não é para o seu bico, queridinho!": contrariando as expectativas de muitos, não encontrei (benzadeus!) nenhum macaco nas minhas andanças! atendendo ao meu histórico de mazelas, levei uma dentada de um filhote de leão.
o que me esqueci de contar ontem foi que, na hora que o bicho resolveu deslocar a mandíbula tentando cravar os dentes na minha pequenina panturrilha, o cuidador falou bem alto: "Neymar!"
eu ainda tava tentando me recuperar do susto, quando ele falou de novo. olhei pra ele confusa e ele disse que os nomes dos filhotes eram Neymar, Marcelo, Robinho e Rodrigo e Tchu (pelo menos eu entendi assim). aqui são loucos por futebol brasileiro e vi que muitos entendem o que falamos em português aqui, mas não falam.
hoje começou a feira em que vim trabalhar e, tirando o turbilhão que todo evento é, foi muito divertido, ó! depois das primeiras horas, em que ficamos correndo de um lado para o outro, fazendo os ajustes até já esperados, eu pude dar uma volta no nosso pavilhão.
tem horas que eu penso que tô numa grande feira de ciências (e adoro!)... o primeiro stand que fiz questão de visitar foi do Sri Lanka (ok, sei que o nome é Ceilão, mas Sri Lanka é tão mais sonoro)! eles levaram produtos para a pele e óleos anti stress e de relaxamento, com base nos ingredientes típicos (a maioria orgânica) do seu país.
depois de ir lá algumas vezes já fiquei amiga da moça que faz a demonstração e ganhei umas amostrinhas! voltei toda feliz (sou canelau, adoro brinde!), comentei com o pessoal do meu stand sobre as coisas expostas no outro e uma das meninas disse que tinha ganhado um creme hidratante pra mãos de lá, mas que era podre. eu experimentei e posso dizer: no começo, o bicho é puro a véi; depois, fica com um cheirinho de besouro. tô levando essa maravilha pro Brasil, alguém se habilita?
outro stand que visitei foi um indiano, que vendia redes feitas à mão (saudade da rede incrível que comprei em Jaguaruana, na viagem da cadeira "Comunicação e Cultura Popular", com o Gilmar de Carvalho). eles tinham vários tipos de redes (inclusive as nossas, que eles chamam de "brazilian hammocks"), e fiquei balançada (infelizmente, este balançado não foi literal) a voltar lá depois e comprar algo.
provei suco Tang de gengibre (tô levando pra galera provar!), ganhei um kit de sobrevivência do tamanho de um cartão de visitas para ficar numa ilha deserta, ganhei um spray pra dar brilho ao cabelo (que também pode ser usado em perucas, me garantiu a moça que me atendeu!)...
recebi até 15 minutos de massagens nos ombros, com um troço que dá pequenos choques (fiquei me sentindo a Cinira, de Tieta, e foi ótimo). o doido do vendedor queria me empurrar o bicho (que é maravilhoso, admito) por R$ 1.200,00. eu sabia que, se disse que não ia comprar, ele ia tirar os eletrodos e a brincadeira ia acabar... fiz que não entendia o que ele falava, até que o horário da feira acabou e eu não comprei o babado, mas fiquei na massagem o máximo que pude!
depois seguimos pro Moyo, um restaurante interessantíssimo, com direito a pintura étnica no rosto e pratos mais exóticos (num preço maravilhôusorrr). desde que combinamos de ir, eu disse que ia comer crocodilo. na hora, quase todo mundo me olhou como se eu fosse louca (todo mundo sabe que eu sou normal, né?), mas uma das meninas comentou:
-- ah, carne de crocodilo é gostosa, parece peixe... eu já comi muita carne de bicho diferente, mas a minha favorita é a de gambá!
-- tu tá falando sério? (eu realmente fiquei chocada, nunca tinha ouvido falar que fosse uma carne saborosa).
-- olha, vou muitas vezes pra Goiânia de carro e, na próxima, eu passo em Brasília e levo um gambá pra ti!
-- eu admito que estou muito curiosa, mas se eu colocar um gambá, mesmo morto, na minha casa, periga a minha mãe me matar ou trocar a fechadura das portas da frente (ou as 2 opções).
voltando ao Moyo, pedimos a entrada (torta de rabo de crocodilo), sob o olhar incrédulo da maioria da mesa. é claro que eu não ia deixar passar a oportunidade de provar uma coisa dessas! depois que o resto do povo viu que eu e a outra corajosa que topou dividir o coiso comigo gostamos, provaram e aprovaram a iguaria.
agora que já atravessei essa fronteira, tô me preparando pra ir amanhã no pavilhão das comidas, me aventurar mais um pouco. o receio é que grande parte dos expositores lá são chineses, e, quando se trata de comidas exóticas, eles ultrapassam todos os limites! oremos 🙏


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